16 de abril: Dia mundial da voz

A voz é produzida na laringe por meio do fluxo de ar que vem dos pulmões durante a expiração e provoca a vibração das pregas vocais (popularmente conhecidas como cordas vocais). O som produzido pelas pregas vocais vai se modificando ao passar pela faringe, cavidade bucal, nasal e seios da face. Por fim, é articulado pelas estruturas orofaciais, transformando-se em fala.

A voz diz muito sobre nossa personalidade e nossa história, ela impacta nossos relacionamentos e pode, inclusive, colaborar para o sucesso profissional.

As principais queixas em relação à voz são: fadiga vocal, perda da voz, dor em região de garganta e rouquidão. Os distúrbios de voz podem decorrer da interação entre fatores hereditários, comportamentais, estilo de vida e ocupacionais.

As habilidades comunicativas do professor são fundamentais para o desempenho da docência e, nesse contexto, a qualidade vocal tem valor crucial para a interação entre professor e aluno e o favorecimento do processo ensino-aprendizagem.

Abaixo, seguem algumas dicas para ter saúde vocal, conforme orientações da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia:

  • beba água com frequência para manter a hidratação das estruturas vocais;
  • articule bem as palavras, sem realizar esforço vocal;
  • tenha uma alimentação saudável rica em frutas e proteínas;
  • use roupas confortáveis que permitam uma boa movimentação de abdômen, tórax e pescoço;
  • evite pigarrear, gritar e dar gargalhadas exageradas;
  • evite ingerir leite e derivados, bebidas gasosas e chocolate antes de utilizar a voz de forma contínua;
  • para diminuir a tensão na região dos ombros e do pescoço, boceje e espreguice várias vezes ao dia;
  • spray, pastilhas e balas têm efeito anestésico, mascarando sintomas e permitindo o abuso vocal;
  • em situações de comunicação no ambiente on-line, procure manter seu rosto bem iluminado, posicione-se no centro da câmera e faça pequenas pausas para alongamentos corporais e relaxamento;
  • esteja atento aos primeiros sintomas de alteração vocal, por exemplo, cansaço, ardor ou dor ao falar, falhas na voz, mudança de tom, pigarro e rouquidão;
  • nunca se automedique!

Em caso de problemas vocais, procure um médico otorrinolaringologista ou um fonoaudiólogo.

Para saber mais

https://bvsms.saude.gov.br/cuidando-da-voz

https://www.sbfa.org.br/campanhadavoz

Referências

BEHLAU, Mara; PONTES, Paulo; MORETTI, Felipe. Higiene Vocal: cuidando da voz. 5 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2017.

BEHLAU, M. (org.). Voz: O Livro do Especialista. 1. ed., vol. II. Rio de Janeiro: Revinter, 2005.

MORETI, Felipe; ZAMBON, Fabiana; BEHLAU, Mara. Conhecimento em cuidados vocais por indivíduos disfônicos e saudáveis de diferentes gerações. CoDAS, São Paulo, v. 28, n. 4, p. 463-469, 2016.

ZAMBON, Fabiana; BEHLAU, Mara. Bem-Estar Vocal: Uma nova perspectiva de cuidar da voz. 3. ed. São Paulo: CEV, 2016.